A CRÔNICA DA SEMANA de Jorge Luiz Soares Melo

O PROFISIONAL-PROFESSOR, UM FACILITADOR

Jorge Luiz Soares Melo, é Médico e
Escritor. Membro Efetivo da AAL.

Tive muitos professores em minha vida acadêmica, desde o antigo curso primário, exame de admissão, ginasial, científico, graduação, pós-graduação e mestrado, sou muito grato a todos que de uma maneira ou de outra me ajudaram na construção do conhecimento.

Pude constatar que todo professor em sua prática pedagógica, conscientemente ou não, reflete uma visão de homem e de mundo que deseja “construir”. Essa visão advém de sua inserção na sociedade e é perpassada por condicionamentos sócio-políticos que orientam a ação do professor, sua relação com o aluno, o estabelecimento de objetivos, a seleção de conteúdos e estratégias, a forma como trabalhar e avaliar o aluno, etc. Daí se dizer que não existe teoria sem prática, nem prática sem teoria.

O educador deve assumir democraticamente a sua tarefa educativa, ou seja, o educador deve compreender a importância do trabalho solidário e cooperativo, no qual ele interage com seu aluno num intercâmbio de   troca de conhecimento.

A Escola anseia por um educador que colabore com o processo ensino-aprendizagem, observando e respeitando as suas experiências e os objetivos dos conhecimentos a ser apropriados pelo sujeito que aprende.

O profissional- professor como um facilitador implica conseguir usar seus conhecimentos e a si próprio como um instrumento de ajuda para que seus alunos possam encontrar satisfação pessoal e social no processo de aprendizagem.

Pelo que observo ao longo de muitos anos, como professor, o relacionamento deste professor com o aluno é caracterizado por atitudes de confiança no valor da pessoa em desenvolvimento, na autenticidade, na sensibilidade e na flexibilidade; condições estas, necessárias para que o aluno se sinta aceito num ambiente educacional moderadamente desprovido de ameaça a sua auto-imagem.

Segundo afirma: QUELUZ,”( 1984:82), o professor é uma pessoa ativa, envolvida com o processo de aprendizagem e com os estudantes, numa relação de ajuda que favorece em ambas as partes, descobertas, conscientizações, e adoção de atitudes desafiantes”.

Isso nos mostra que o professor que deseja propiciar a seus alunos a oportunidade de uma aprendizagem significativa, verdadeira e penetrante não é apenas um transmissor e um testador de conhecimentos adquiridos.

É necessário, portanto, que o educador tenha consciência de que seu papel não é  apenas o de transmitir conhecimentos sem a preocupação com a aprendizagem do educando, mas o de transformar o conhecimento aprendido em informações necessárias ao aluno, sendo um facilitador, na busca do aprimoramento do conhecimento adquirido.

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