A CRÔNICA de Jorge Luiz Soares Melo
OS 66 ANOS DA MAJESTOSA ACADEMIA MACEIOENSE DE LETRAS E O POETA JUCÁ SANTOS É ACLAMADO PRESIDENTE.
Em uma dessas noites memoráveis do mês de agosto de 2021, em plena pandemia, de modo virtual, e com a presença online de 42 associados e dos presidentes da Academia Recifense de Letras e da Academia Olindense de Letras, a Majestosa Academia Maceioense de Letras, festejou em grande estilo seus 66 anos de glórias no cenário das letras e da cultura em Maceió, capital do estado das Alagoas.
Foi um momento solene e ímpar na vida de todos os acadêmicos que integram essa alta corte do saber e também aclamado presidente para um mandato de quatro anos, 2022-2026, o poeta Claudio Antônio Jucá Santos.
Oferecemos o agradecimento de todos os confrades e confreiras, ao Senhor do Universo, pela unicidade de manter ativa e jovem essa bela agremiação. Agremiação essa, presidida pelo sapiente advogado e brilhante poeta sonetista, Jucá Santos, que tornou esse sodalício um Centro intelectual de sistematização e divulgação das letras e da cultura na nossa linda cidade de Maceió.
Permitam-me os leitores, recordar, que em 11 de agosto de 1955, um grupo de intelectuais alagoanos capitaneados pelo saudoso jornalista José Rodrigues de Gouveia, em razão da decadência do Centro Cultural Emilio Maya, e em companhia dos escritores: Claudio Antônio Jucá Santos, Nenita Madeiro, Augusto Vaz da Silva, Artur Veres Domingos, Manoel Cicero do Nascimento, Rui Àvila, Paulo Duarte Cavalcante, Rui Sampaio, Jorge da Silva Garcia, Iracema Silveira e Sandoval Ferreira Caju, fundaram essa Majestosa casa literária.
Na ocasião, Rodrigues de Gouveia, em um de seus depoimentos, desabafou: “ Foi uma espécie de grito de alerta no quase marasmo da província, essa mistura danada de gente moça com gente velha, fez surgiu nas Alagoas, a nossa Academia Maceioense de Letras”.
E graças a ideia brilhante de Rodrigues de Gouveia e a pujança, coragem e ousadia do poeta Jucá Santos, esse ícone das letras em Alagoas, se mantém viva e atuante até os dias atuais. Composta de eminentes intelectuais, essa majestosa casa, congrega valores, experiências, sabedorias, e uma vasta cultura acumulada.
Essa casa do saber é o somatório da história de cada um e o conjunto da representatividade solidária.
Foram muitos feitos e muitas conquistas ao longo desses 66 anos, conquistas essas, com méritos de seus 80 associados liderados pelo dinamismo e lucidez do poeta Jucá Santos.
Os acadêmicos que compõem essa casa, são nas expressões de São Tomás de Aquino, “Seres etéreos, mensageiros alados, feitos da presença dos que realizaram”.
Uma de suas maiores conquistas, foi a sede própria, adquirida graças ao empenho do poeta Jucá Santos e reformada com a participação efetiva do inesquecível, o saudoso confrade James Magalhães de Medeiros. Essa casa da cultura se tornou ao longo desses 66 anos, uma coletânea de pensamentos. Segundo, o filósofo francês, Voltaire: “ Coletânea de pensamentos
é uma farmácia moral, onde se encontram remédios para todos os males da alma”. Parabéns a todos que formam essa alta corte da cultura em Maceió. Encerro com Fernando Pessoa quando diz: “ A alma é divina e a obra é imperfeita. Da obra ousada é minha a parte feita. O por fazer é só com Deus”.