Bolsonaro chama acordo entre TSE e WhatsApp de “censura” e diz que, para ele, medida “não tem validade”
Bolsonaro, sobre acordo entre TSE e WhatsApp: ‘Censura’
Em fevereiro, o tribunal e o aplicativo anunciaram uma parceria que tem o objetivo de ‘combater’ notícias falsas
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, 15, durante evento com apoiadores em Americana (SP), que o acordo entre o aplicativo de mensagens WhatsApp e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é um ato de censura. Em fevereiro deste ano, o app e outras redes sociais firmaram uma parceria com o TSE para “combater” notícias falsas.
Na quinta-feira 14, o WhatsApp anunciou que permitirá aos usuários o envio de mensagens a milhares de pessoas ao mesmo tempo. Mas a funcionalidade será liberada no Brasil apenas depois do período eleitoral. Em outros países, o recurso já está disponível.
“O que tomei conhecimento nesta manhã é simplesmente algo inaceitável, inadmissível e inconcebível”, disse o chefe do Executivo. “O WhatsApp passa a ter uma nova política para o mundo, mas uma especial, restritiva, para o Brasil. Isso após um acordo com três ministros do Tribunal Superior Eleitoral. Cerceamento, censura e discriminação. Isso não existe. Ninguém tira o direito de vocês por lei, que dirá por meio de um acordo com o TSE.”
Ainda nesta sexta-feira, Bolsonaro ressaltou que o Brasil não cumprirá os termos estabelecidos no acordo entre o TSE e o aplicativo de mensagens. “Isso que o WhatsApp está fazendo no mundo, sem problemas”, observou. “Mas abrir uma excepcionalidade para o Brasil é inadmissível, inaceitável. Não será cumprido esse acordo que, porventura, TSE e WhatsApp tenham firmado.”
Redação Oeste