A CRÔNICA DA SEMANA de Jorge Luiz Soares Melo
A PRODUÇÃO DE UMA VACINA , A ESPERANÇA DE UM POVO
Jorge Luiz Soares Melo é Médico e Membro Efetivo da AAL, cadeira 40
Caros leitores, estamos vivendo uma terrível pandemia causada por um vírus invisível denominado de CORONA VÍRUS, que vem acabando com a vida de milhões de pessoas pelo mundo inteiro.
Aqui, em nosso estado, e principalmente na capital onde residimos, presenciamos com imenso pesar a partida para a eternidade de amigos que conviveram conosco durante anos e anos.
Esse vírus ataca crianças, adolescentes e idosos, esses, mais exclusivos pela baixa de imunidade decorrente de doenças crônicas degenerativas.
Todos os dias, meus amigos pelo celular, me informam que estão rogando ao pai eterno para que ilumine a mente dos cientistas espalhados pelo mundo inteiro, para que descubram uma vacina que imunize a todos contra esse vírus maldito.
Quando da minha passagem como médico, pela grande São Paulo, tive a grande oportunidade de conhecer, o Instituto Butantan, que é um dos maiores centros de biomedicina do mundo.
Instituto esse, que possuí uma extensa área verde com calçadas e bancos, tornando o clima gostoso e relaxante. Ali, se realizam pesquisas e conforme historiadores já aconteceram grandes descobertas.
A contribuição do Instituto Butantan para a saúde pública e para a ciência é um fato notório.
Segundo os historiadores, no porto de Santos, em 1899, a peste bubônica se propagava em níveis preocupantes, foi instalado pelo governo, um laboratório na fazenda Butantan, para produzir um soro, que assim sendo, longe da cidade de São Paulo, evitasse a propagação da doença para a capital do estado.
Para conduzir esse laboratório, foi escolhido o pesquisador de visão avançada, Vital Brazil, que era assistente de Adolpho Lutz, diretor do Instituto Bacteriológico na época. Com o auxílio de Oswaldo Cruz, o sapiente Vital Brazil, conseguiu produzir o soro e extinguiu a epidemia.
Caros leitores, segundo leituras minhas, esse Instituto é responsável por mais de 93% do total de vacinas produzidas no nosso Brasil, vacinas essas, contra a difteria, coqueluche, hepatite B e influenza H1N1 e outras.
O nome desse Instituto vem do tupi e significa “terra dura”, ocupa uma área de 80 hectares e 60% da área é arborizada.
Existe nesse Instituto, o centro de exposições, o museu biológico, o museu histórico, o museu de microbiologia e o museu Emílio Ribas especializado em história da saúde, um serpentário e o Hospital Vital Brazil, tornando-se um excepcional polo turístico que é visitado segundo historiadores, por mais de 300 mil pessoas anualmente.
Caros leitores, esse Instituto tornou-se conhecido mundialmente pelos estudos nas áreas de Biologia e Biomedicina., pelas várias missões científicas realizadas pela organização das Nações Unidas (ONU), e do Fundo das Nações Unidas para infância, (UNICEF), por ofertar cursos aos profissionais da área e também cursos abertos para o povo em geral.
O Instituto Butantan é mais conhecido no mundo inteiro pela produção de soros e vacinas importantes que combatem surtos epidêmicos e acidentes com animais peçonhentos e quem sabe não seja a luz no fim do túnel, surgindo como a esperança de um povo, para a possível descoberta de uma vacina que elimine o COVID 19.