A CRÔNICA de Jorge Luiz Soares Melo
RONALD CABRAL DE MENDONÇA : “UM AMANTE DA MEDICINA E DAS LETRAS”.
Descendente de uma família ilustre, estabelecida no bairro de Bebedouro, o médico Ronald Cabral de Mendonça, nasceu na cidade de Maceió, capital do estado de Alagoas, no dia 17 de janeiro de 1948, filho dos saudosos, José Lopes de Mendonça e Rosa Cabral de Mendonça, casado com a também médica psiquiatra e psicanalista, Nadja Oliveira de Mendonça e pai de três filhos e dois netos.
Possuidor de um belo saber, que encanta quem o percebe e principalmente quem o possui, logo no vestibular, para adentrar ao curso de medicina, na Universidade Federal de Alagoas, foi aprovado em primeiro lugar e colou grau no ano de 1971, faria cinquenta anos, de graduado em 2021, se não fosse vítima desse vírus terrível, que o levou prematuramente ao encontro do pai eterno.
Fez residência médica, em cirurgia geral, no serviço do professor, Mário Degni, no hospital de São Camilo, em São Paulo, no ano de 1972, e fez, residência médica, em neurocirurgia, no hospital do servidor público estadual, Francisco Morato de Oliveira, em São Paulo, nos anos de 1973 à 1976. Realizou pós-graduação, em neurocirurgia, pelo Instituto, Carlos Chagas, no Rio de Janeiro, sob a orientação do professor Murilo Cortes Drumond.
Para ser médico, é preciso ser: super profissional, super dedicado, super atualizado, super ser humano, e gostar de gente. O médico Ronald Cabral de Mendonça, era tudo isso, conseguia conciliar sua vocação para salvar vidas, com a paixão pela escrita. Possuía uma pena fácil, se deliciava com as palavras, sendo um escritor, que demonstrava no escrever, o amor, por seus amados pais, amados irmãos, por sua amada Nadja, seus lindos filhos, por sua amada família.
Era membro titular da Sociedade brasileira de neurocirurgia, onde se destacou por suas competentes atuações.
Um exemplo de autodidata, lecionou neurologia, na Universidade Federal de Alagoas, foi coordenador da disciplina por muitos anos. Querido, por alunos, docentes e funcionários.
Conheci, Ronald Mendonça, ainda jovem, no Colégio Marista de Maceió, ele era seis anos mais velho e esse que vos escreve, colega de turma, de seu irmão mais novo, José Lopes de Mendonça Filho. Seu saudoso pai, era médico do colégio e quem realizava os exames médicos de aptidão para realizarmos educação física.
Desde então, pude observar, que se tratava de um cidadão de rara beleza. Muito brincalhão, ele cativava seus amigos, pelo senso de bom humor e de cordialidade.
Tive a satisfação de conviver com ele, quando lecionou, como professor assistente, da disciplina de neurologia, na gloriosa Escola de Ciências Médicas de Alagoas, nessa época em 1981, eu estava concluindo o curso de medicina naquela briosa casa.
Na Majestosa Academia Maceioense de Letras e na vibrante Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, regional de Alagoas, era um dos destaques das reuniões, com seus discursos de timbre forte, contava histórias, que faziam a plateia descontrair e delirar.
Na briosa Academia Alagoana de Medicina estava sempre presente, onde nos encantava com suas explanações e seus posicionamentos firmes e destemidos. Era um ferrenho defensor da saúde. Na gloriosa Academia Alagoana de Letras, deixou a marca de um escritor brilhante, autor de vários livros, onde se destaca, o livro :” vadias memórias de um suburbano”, que encanta quem o degusta. Em sua vida, recebeu vários prêmios, entre eles: o prêmio: “Espia”, de melhor cronista, nos anos, de 2005, 2008 e 2009. Menção honrosa, no gênero: “crônicas”, concedido pela SOBRAMES-AL, em 2007. Recebeu ainda, os títulos de cidadão honorário das cidades da Barra de São Miguel e de São José da Tapera, em Alagoas.