A CRÔNICA de Jorge Luiz Soares Melo “HOMENAGEM A UM PRÍNCIPE”
HOMENAGEM A UM PRÍNCIPE
No artigo de hoje, com muita saudade, presto uma singela homenagem a um poeta que se tornou Príncipe e que marcou época na vida literária do estado de Alagoas, do Brasil e do mundo, e que por certo, se imortalizou no coração de todos os poetas de minha terra.
Cláudio Antônio Jucá Santos ,” Jucá Santos”, Alagoano de Maceió, nascido no dia 10 de junho de 1933, filho do poeta, Aristeu Leoni (Leoni D”Herval) e de Corália Jucá Santos, neto do brilhante escritor, Cipriano Jucá.. Era casado com: Eurenice Jucá, de cuja união, nasceram os filhos: Claudenice, Eliane Maria, Aristênio, Sandra Maria e Samia Maria.
Homem de raro valor, reconhecido nacionalmente e até no exterior, por ser um mestre da arte poética.
Recebeu em vida, o honroso título de: “ O Príncipe dos Poetas de Maceió”. Poeta e escritor polivalente, cidadão de rara grandeza. Um ser humano imensurável, de alma plena de saber e milionária bondade. Homem de gestos fidalgos e palavras fáceis.
Fez da simplicidade, o pedestal de sua sabedoria. Possuía uma personalidade impregnada pelo espírito das letras, das artes, das ciências e da pesquisa, cada vez mais, procurava aprender mais e servia com o que aprendia.
Era um homem abnegado, dinâmico e exercia com muita competência, a presidência da Majestosa Academia Maceioense de Letras, onde, sempre usou da razão, do coração e da lealdade, em todos os atos que praticou, nessa alta corte da cultura, na capital do estado de Alagoas, ajudou a consolidar a distribuição do saber, por todas as camadas da sociedade Maceioense e Alagoana.
Sempre foi um trabalhador, um estudioso, um homem dedicado ao aperfeiçoamento de seus conhecimentos e à pesquisa, à procura do novo e mais atual, sempre esteve além do seu tempo. Tempo esse, que passou tão rápido, como um novelo de fumaça.
Em um de seus milhares de belos versos, Jucá Santos, recitou: “ Agora eu sou feliz! O passado é passado! Ele foi dissipado em nuvem de poeira, e o poeta de outrora, cheio de canseira, finalmente deixou de ser amargurado…E os espinhos de dor em punhado de flores, agora eu sou feliz e, em próximo futuro, haverei de ancorar em porto bem seguro e andar, como Jesus, no meio dos doutores”.
É prazeroso escrever sobre a vida de um grande amigo, o considerava um pai literário, com a jovialidade e a pujança de um guerreiro, e ainda mais, quando este guerreiro, teve uma trajetória brilhante na vida literária do estado de Alagoas e honrou a cultura de Maceió, no Brasil e no exterior.
Existem pessoas em nossas vidas, que nos deixam felizes, pelo simples fato de terem cruzado nosso caminho e o meu amado pai literário, Jucá Santos é um deles. Esse valoroso escritor e poeta, juntou vários imortais, para unidos, lutarem pelas letras, artes, cultura, ciências, pela justiça, pela paz e pela alegre celebração da vida.
Todos os seus versos traduziam, um belo e grande sentimento, que faz o coração pulsar mais forte, dando sentido a todo instante, ao amor e a vida. Foi um exemplo de homem vitorioso, perseverante e de fé, o considero um mito da cultura alagoana. Possuí inúmeras comendas, medalhas, troféus e títulos de entidades culturais de todo território nacional e internacional.
O sapiente advogado, contabilista, compositor, radialista, jornalista, escritor e poeta, Claúdio Antonio Jucá Santos é merecedor de todas as honrarias, pois foi em vida, uma liderança incontestável no seio da imortalidade Alagoana. Na Majestosa Academia Maceioense de Letras, ocupava a cadeira número 13, cujo patrono é o poeta Waldir Moreira. Viveu da conciliação entre o moderno e a tradição e a presidiu durante 61 anos, com dinamismo e competência, onde, conviveu com confrades e confreiras, que se imortalizaram por serem de personalidades fortes, vultos excepcionais e de vasta cultura.
Jucá Santos, além de poeta era um exímio escritor, tendo, vinte e um belos livros publicados, entre eles, destaco: ” Poemas de uma noite de insônia ,” As contas de meu rosário”,” o Breviário de Nice”, e ” Jardim fechado”.
Segundo o eminente escritor, José Verdasca dos Santos: “Jucá Santos sentia, encarava e vivia a poesia, como um sentimento profundamente sentido, com estilo humanista, equilíbrio de esteta, mas algo de profeta, que lhe facultou atingir em glória a sua meta”.
Era Presidente da Federação das Academias de Letras, Artes, Cultura e Ciências de Alagoas. Exerceu as funções de Cônsul em Maceió, da Ordem da Confraria dos Poetas do Brasil e Embaixador da Real Academia de Letras de Porto Alegre, em Alagoas. Era membro efetivo da Academia Alagoana de Letras. Era Membro Emérito da Academia Alagoana de Cultura, Era Membro Efetivo da Academia de Letras e Artes do Nordeste. Era Membro da Maçonaria em Alagoas. Era Membro Honorário da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, regional de Alagoas. Era vice-presidente da Divina Academia Francesa de Letras, Artes e Cultura e de outras entidades pelo Brasil e pelo exterior.
Jucá Santos, recebeu inúmeras homenagens em sua vida, diplomas de honra ao mérito, medalhas, medalhões e comendas que enchiam seu gabinete em sua residência e que vão embelezar o já criado Memorial POETA JUCÁ SANTOS, homenagem póstuma prestada pela nova diretoria a esse ícone das letras em Alagoas, e que se localizará na sede da Majestosa Academia Maceioense de Letras no bairro de Bom Parto em Maceió-Alagoas. Salve! O Príncipe.