A CRÔNICA de Jorge Luiz Soares Melo – MARECHAL RONDON: “ DESBRAVADOR E PACIFICADOR INDIGENISTA”.

Jorge Luiz Soares Melo é Médico e Escritor.

MARECHAL RONDON: “ DESBRAVADOR E PACIFICADOR INDIGENISTA”.

Caros leitores, nesse artigo, vamos recordar um pouco sobre a história do Brasil, vou me deter um pouco sobre os traços biográficos de uma figura ímpar na história desse país, o Marechal Rondon, um desbravador e um defensor intransigente dos primeiros habitantes de nosso país, os indígenas.

Segundo os historiadores, Candido Mariano da Silva Rondon, nasceu no dia 5 de maio de 1865, no distrito de Mimoso, que faz parte da cidade de Santo Antônio de Leverger, no atual estado de Mato Grosso. Era filho de um vaqueiro pantaneiro, que se chamava Cândido Mariano da Silva e de Claudia Lucas Evangelista, uma mulher descendente de indígenas bonoro e terena.

Rondon, foi criado por seu tio Manoel Rodrigues da Silva Rondon, pois, era órfão de pai e mãe.

Toda sua formação básica foi realizada em Cuiabá. O sobrenome Rondon foi uma homenagem de Cândido a seu querido tio, adotando esse nome a partir de 1890.

Rondon se alistou no exército em Cuiabá. Depois, partiu para o Rio de Janeiro onde ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro, à época, capital do Brasil. Formou-se nos cursos do Estado-Maior, Engenharia, Matemática e Ciências Físicas e Naturais.

No Exército, Rondon, apoiou a Proclamação da República realizada em 15 de novembro de 1889 e sua efetiva participação, rendeu-lhe uma boa promoção na hierarquia militar, onde se tornou primeiro tenente do exército brasileiro.

Em 1890, mais precisamente no mês de março, partiu para a primeira grande missão no exército, participou da integração do estado do Mato Grosso, antes isolado, com a capital na época do Brasil, o estado do Rio de Janeiro, a fim de facilitar a comunicação entre os dois estados. Em 1900, foi nomeado para liderar uma comissão que faria uma extensão da rede telegráfica de Mato Grosso até a fronteira do Brasil com o Paraguai e a Bolívia.

Ao longo de sua vitoriosa carreira de explorador do interior do Brasil, Rondon, esteve nas regiões mais isoladas do país e teve contato com diferentes povos indígenas. O trabalho desenvolvido por ele na catalogação de povos e seus costumes foi extremamente importante.

Rondon, defendeu intransigentemente o direito de isolamento dos índios, ao perceber a crueldade com que eles eram tratados pelo homem branco, sobretudo pelos que os atacavam para tomar suas terras, como os fazendeiros. O lema que pregou na relação com os índios era: “ Morrer, se preciso for matar nunca”.

Rondon dedicou toda sua vida, a ligação dos mais afastados pontos da fronteira e do sertão brasileiro aos principais centros urbanos e a integração do indígena à civilização. Essas destacadas missões, justificam o nome de Rondon na história do Brasil.

O Marechal Rondon, desbravou mais de cinquenta mil quilômetros de sertão e estendeu mais de dois mil quilômetros de fios de cobre pelas regiões do país, ligando as mais longínquas paragens brasileiras pela comunicação do telégrafo.

Como indigenista pacificou tribos e estudou os costumes dos índios. Em 7 de setembro de 1910, foi nomeado por méritos, diretor da Fundação dos Serviços de Proteção dos Índios em recompensa pelo muito que realizou em proteção aos indígenas e como também, pela estatura moral e intelectual patenteada em sua brilhante carreira.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

2 × 2 =