CRÔNICA de Jorge Luiz Soares Melo “O Homem das Velas: Machado de Assis”
O Homem das Velas: Machado de Assis: Maior expressão da literatura brasileira- PARTE I
Vivemos em um mundo cercado por tecnologia, que ora fala, ora escuta, mas nunca resplandece no transformar das letras em versos e prosas. Foi na luz das velas que surgiu um ícone brasileiro das letras, o jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo. Joaquim Maria Machado de Assis, esse é o nome do cidadão brasileiro, que transcendeu na história e no seu tempo. O que não podia a luz das velas, trouxe consigo um aprendizado que não há barreiras quando se quer aprender e vencer.
Nascido em 21 de junho de 1839, Joaquim Maria Machado de Assis, atravessou o século escrevendo sua história e a história da sociedade. Escrevia conforme o vivenciava, ousado, transformou os passos dos seus ilustres personagens, seres reais, que até hoje, compactuam e transitam na nossa sociedade. Em seus quase setenta anos de vida terrena, o autor Machado de Assis, pode constatar o que a humanidade escondia, e ele o autor, com maestria soube descrever em seus livros.
Durante sua vida, constatou na travessia do século, as enormes mudanças históricas na política, na economia e na sociedade brasileira como um todo.
E assim, o filho de Francisco José Machado de Assis e de Leopoldina Machado de Assis, que era neto de escravos alforriados, teve sua origem em uma família pobre, mal pode estudar em escolas públicas, consequente ato, que lhe foi extirpado socialmente, pois, não tinha condições de ingressar em uma universidade.
Criado no morro do Livramento, no Rio de Janeiro, Machado de Assis, não negava sua origem, embora para muitos a pena lhe parecesse fácil, o havia custado, pois, a dificuldade no caminhar do ensino e a não possibilidade de frequentar a universidade, o redimia as duras penas, do processo discriminatório brasileiro.