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Para tentar impedir que a oposição direitista indicasse seis dos sete ministros da Suprema Corte, o presidente peruano Martín Vizcarra decidiu dissolver o Congresso unicameral. Vizcarra alega negação ‘tácita’ de voto de confiança que lhe teria aberto caminho para fechar Parlamento
As ameças do presidente do Peru, Martín Vizcarra, de fechar o Congresso, controlado pela oposição, se concretizaram na tarde desta segunda-feira (30). Vizcarra decidiu dissolver o Congresso unicameral do país em meio ao processo
de escolha pelos parlamentares de seis dos sete integrantes do Tribunal Constitucional, a Suprema Corte do Peru. Ele convocou novas eleições legislativas.
“De acordo com a Constituição Política do Peru, decidi dissolver constitucionalmente o Congresso e convocar eleições para o Congresso da República; esse é um ato constitucional previsto no artigo 134 da Constituição”, afirmou Vizcarra em mensagem televisionada em rede nacional.
Com o Congresso dominado pela oposição liderada, pela direitista Força Popular, de Keiko Fujimori – candidata derrotada nas eleições de 2016, o presidente tenta impedir que o parlamento indique quase a totalidade do Tribunal Constitucional. Vizcarra alega negação ‘tácita’ de voto de confiança que lhe teria aberto caminho para fechar Parlamento.
Candidata derrotada nas eleições presidenciais de 2016 e filha do ex-presidente Alberto Fujimori, Keiko está presa e sob investigação por sua ligação com o escândalo de corrupção envolvendo a empreiteira brasileira Odebrecht.
O anúncio da dissolução do Congresso não impediu que o processo de escolha dos novos integrantes do Tribunal Constitucional seguisse. Foi aprovado por 87 votos o nome de Gonzalo Ortiz de Zevallos Olaechea, primo do presidente do Parlamento, Pedro Olaechea.
Fonte – https://www.brasil247.com/ – Foto: Sputnik