Príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, morre aos 99 anos
Em nota, Palácio de Buckingham disse que Duque de Edimburgo faleceu durante a manhã no Castelo de Windsor
Príncipe Philip morre aos 99 anos na Inglaterra
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O príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, morreu aos 99 anos nesta sexta-feira (9). Em nota, o Palácio de Buckingham confirmou a morte e informou que o príncipe fez a passagem “em paz”.
“É com muito pesar que a Vossa Majestade, a rainha, anuncia a morte de seu querido marido, o príncipe Philip, duque de Edimburgo. Vossa Majestade faleceu em paz nesta manhã no Castelo de Windsor”, diz o comunicado.
O palácio ainda não divulgou informações sobre o funeral do príncipe.
Em fevereiro, Philip foi internado em um hospital de Londres após passar mal. Ele sofreu uma cirurgia cardíaca e permaneceu um mês sob cuidados médicos.
O duque e a rainha foram casados por mais de 70 anos, se tornando o casal real mais longevo da história da Inglaterra.
O príncipe viajou o mundo ao lado da rainha e cuidou de uma série de programas sociais nos anos 90, até que em 2017 ele decidiu se aposentar da vida pública.
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Famoso por seu caráter forte, mas também por suas gafes e piadas de mau gosto, o príncipe Philip foi hospitalizado em fevereiro por “precaução” após sentir-se mal. O Palácio de Buckingham especificou alguns dias depois que essa hospitalização se devia a uma infecção.
Seu filho Charles o visitou no primeiro fim de semana de hospitalização. Casado desde 20 de novembro de 1947 com Elizabeth II, cinco anos mais jovem que ele e rainha desde 1952, o príncipe Philip quebrou o recorde de longevidade para todas os cônjuges de monarcas britânicos em 2009. O casamento durou 73 anos e 4 meses.
Tendo participado de mais de 22 mil compromissos públicos oficiais desde a ascensão de sua esposa ao trono em 1952, o duque se aposentou da vida pública em agosto de 2017.
Desde então, foi hospitalizado várias vezes, a penúltima, em dezembro de 2019, por “problemas de saúde pré-existentes”.
Em janeiro de 2019, ele se envolveu em um acidente de carro quando o Land Rover que conduzia bateu em outro veículo ao sair de uma estrada perto de Sandringham. Philip saiu ileso, mas foi forçado a parar de dirigir.
Devido à pandemia do coronavírus, ele passou o último ano confinado no Palácio de Windsor com a rainha, exceto por uma estadia de verão em seu castelo escocês de Balmoral.
A monarca e seu marido foram vacinados em janeiro contra a covid-19. Elizabeth II não visitou o duque no hospital.
Philip nasceu na ilha grega de Corfu em 10 de junho de 1921, com os títulos de príncipe da Grécia e Dinamarca. Quando tinha 18 meses, seu tio rei da Grécia foi obrigado a abdicar, e seu pai foi exilado do país após a guerra greco-turca. Junto aos seus pais e suas quatro irmãs, Philip fugiu a bordo de um navio do Exército britânico.
Após estudar em um internato na Escócia, em 1939 entrou no Royal Naval College de Dartmouth, no sul da Inglaterra. Foi durante uma visita do rei George VI à academia que o tio de Philip, o almirante Louis Mountbatte, pediu que ele acompanhasse as princesas Elizabeth e Margareth. Eles eram primos em terceiro grau.
Philip, com 19 anos e Elizabeth, com 13, se interessaram um pelo outro e começaram a se corresponder. Ele chegou a morar alguns meses na Grécia, seu país natal, mas a pedido do tio, o rei grego George II, voltou para o Reino Unido e se uniu à Marinha britânica.
Com alguns meses de serviço, ele se destacou e foi promovido a tenente, com apenas 21 anos, um dos mais jovens a chegar à patente, assumindo o comando do navio de guerra HMS Wallace durante a invasão dos Aliados à Sicília, na Itália. No fim da guerra, ele era o comandante do Whelp, e estava com o navio em Tóquio quando o Japão se rendeu encerrando o conflito.
Durante os anos de guerra, ele e a princesa Elizabeth mantiveram contato por cartas e fizeram planos para se casar quando acabasse o conflito. Ao voltar à Inglaterra, ele pediu sua mão em casamento ao rei George, mas o anúncio formal só foi feito em abril de 47, quando ela completou 21 anos.
Philip abandonou seus títulos de nobreza grega e dinamarquesa e se tornou cidadão britânico. Por conta disso, o título de duque de Edimburgo foi criado logo antes do casamento. Em 20 de novembro de 1947, ele e Elizabeth se casaram em uma cerimônia transmitida pela rádio BBC para mais de 200 milhões de pessoas ao redor do mundo.
Um dos grandes problemas de Philip com a vida de consorte aconteceu logo no início do casamento, quando foi definido qual seria o sobrenome oficial da família que permaneceria no trono do Reino Unido. Após uma intervenção do então primeiro-ministro Winston Churchill, o nome permaneceu como Windsor, apenas para a linhagem de Charles, primogênito e herdeiro direto do trono. Os demais passariam a se chamar Moutbatten-Windsor.
Apesar de aceitar publicamente a situação, Philip desabafou uma vez para um amigo. “Não sou nada além de uma maldita ameba. Sou o único homem neste país que não tem permissão de dar seu nome para seus próprios filhos”, teria dito. Ele e Elizabeth tiveram quatro: Charles, Anne, Andrew e Edward.
Anos mais tarde, o duque de Edimburgo teve uma participação importante no casamento de Charles com Diana Spencer. Ele escreveu uma carta pressionando que ele pedisse sua mão de uma vez ou a deixasse de lado. Pressionado pelo pai, o príncipe pediu a mão dela e os dois acabaram se casando em uma das cerimônias mais vistas até então, em julho de 1981.
Philip tentou interferir também quando o casamento de Charles e Diana começou a desmoronar, pouco mais de 10 anos depois. Ele e a rainha pediram que os dois repensassem e tentassem uma reconciliação, mas não deu certo. O casal finalmente se separou em 1996 e a princesa morreu em um acidente de carro em Paris em 1997.
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